quinta-feira, 27 de agosto de 2020

Percurso da alma


Besurrantak hozzám régi éjszakák, leplükkel takarva tiszta szenvedélyt, szürke, néma sóhajtásnyi csöndek reszkettek vágytól éhes percekért. Függönyrojtok bársonyába szökve titkok ültek hold-sütötte rögre, körbefont az álomszerű csoda, dalolt a múlt, szívem volt a kotta. Hazudtak az arra járó szelek melódiát játszva a zsindelyen, az éj sötét zegzugába rejtve reményem bújt - újabb csatát vesztve.
Como em uma esteira rolante no universo,
Minha alma percorre o espaço e o tempo.
Há tantas eras sendo o verso e o inverso,
Que nem recordo se o que fui, continuo sendo.

Habitando corpos entre si tão diferentes,
Numa cadeia do mais denso ao sutil,
Saio da condição de ignorância para senciente,
Da pedra à arvore, do troglodita ao ser gentil.

Neste difícil e longo percurso divinatório,
Cometo erros pesados, dolorosos e grassos.
Mas, minha alma continua nos seus passos.

Não desiste, apesar de toda demora,
Essa alva senhora, em aprender a deixar...
De noite escura ser e se tornar o alvorecer.

Mallika Fittipaldi. 2020

2 comentários:

Denis Heavyline disse...


Gostei, e gostei muito, bonito, profundo, sensato e realista descrevendo a viagem da alma.

Mallika disse...

Gratidão amigo