sexta-feira, 31 de maio de 2013

Fiordes


O gosto do sal,

Ondas que arrebentam nas encostas,

Pedras antigas esbatidas pelo tempo,

Frestas ancestrais,

Gritos de gaivotas.

Frio.

Brisa que fala uma língua desconhecida

Que sussurra segredos incompreensíveis

Repassando historias reais, vividas.

Canta entre os rochedos.

Monstruosas

Estruturas em rocha

Criada pelo tempo e pelo vento

Enternecem-me profundamente

Faz-me sofrer pelo que não vivo

Dá-me saudade do que não sinto

Sob a pele, sob o Sol.

Assim, perante tua beleza,

Calo-me e pergunto

Onde andei por ti?

Em que cantos me escondi quando criança?

Que rochas eu abracei?

Riscos quais corri ao chegar as tuas bordas?

Por que contigo sonho?

Pois em toda essa minha vida nunca te vi!

quinta-feira, 30 de maio de 2013

Parei


Rápido, rápido, rápido.
Corre, corre, corre.
Anda, anda, anda.
Vai, vai, vai.
Depressa, depressa, depressa.
Estou atrasada, muito atrasada.
Compromissos, compromissos, compromissos.
Idas e vindas, idas e vindas.
Já, já, já.
Logo, logo, logo.
Prontamente.
Imediatamente.
Urgentemente.
Tudo agora, agora foi tudo.
Fiquei só.
No silêncio do ultimo suspiro.
Não há mais emergências,
Não há urgências,
Somente o silêncio,
A calma tranquila,
Dos amigos que vieram me esperar.
Fim da vida humana.
Reinicio da vida d’alma. 
Felicidade!
Depois do desespero.

quarta-feira, 29 de maio de 2013

Busca.


The_Thinker__1876-1877, Pierre AUguste Renoir, ost
Jovem sentada ou A reflexão, 1876-77
Pierre-Auguste Renoir

Busco precisamente o que ainda não sei
Campeio o que não conheço
Caço o que não tenho
Inquiro sobre o desconhecido
Persigo o que longe estar
Adejo o que ainda não é meu por direito
Procuro o que falta para completar-me
E sei conscientemente
Que tudo em mim está
Falta-me, no entanto,
Convencer minha alma
Da sua plenitude.


terça-feira, 28 de maio de 2013

Desisti? Nunca!


Renzo Castaneda


Não desisto dos meus sonhos
Que podem ou não serem
Para ti esquisitos.
De poder vê além da conta,
Além da porta,
Além da vida,
Morta.
Não desisto
De ser o que sou
E ainda não abicho.
Viver com intensa felicidade
De saber o que ainda nem pressinto.
Conhecer, aprender e reconhecer.
Que quanto mais sei
Mais tenho a aprender.
E que tudo o que levo comigo
E levarei sempre amigo,
Será o que aprendi
Pensando,
Sentindo,
Fazendo.
Todas essas coisas serei eu
Montada em pequenos pedaços
Feito quebra cabeças gigante
Durante as encarnações dessa minha alma
Errante, pulcra e brilhante.

domingo, 26 de maio de 2013

Que fazer?




Que fazer?              

Quantas crianças sem alimento
Sem carinho, afeto, ternura.
Sem teto sobre suas cabeças
Vida de amarguras.

Quantos idosos Em vidas travas, tristes, solitárias.
Sem pão
Sem sonhos, sem planos, sem ventura.
Vida de consternação.

Quantos homens corrompidos
Entregues ao vicio do trabalho, do álcool, da droga ilícita.
Do egoísmo, do centralismo, do materialismo.
E tanto e tantos outros ismos.

Quantas mulheres despedaçadas, desfiguradas pelos sonhos de beleza.
Em busca da eterna juventude ditada pela sociedade malfazeja.
Entregues a orgias orgásticas
Sem amor, ser respeito, sem autoestima.

Perante as dores do mundo que fazer?              

Somente alço meus olhos e coração para Ti.
A Ti peço compaixão
Pois, todos esses perdidos na vida.
Todos, todos são meus irmãos.

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Compaixão


Podes me ver como menos que um verme

Impingido a ti pela historia do teu povo.

Como ser vil e desprezível que só merece antigo tronco.

Sem alma, inumano...

Podes me olhar com antipatia, com asco, ojeriza.

Um ser sem direito a uma vida plena e sã.

Paria que não tem sequer uma nação.

Podes sentir meu odor como mau cheiro.

E meu suor como estrume.

Desprezar-me,

Molestar-me,

Abusar...

Usar-me como gado,

Como animal de carga,

Como bucha de canhão.

Podes e já fizestes (se assim o sentires)

Em outras vidas, outras encarnações.

Mas, te digo com convicção, te peço tua atenção.

Hoje sou só uma criança irmão.

Tende piedade de mim,

Usa de compaixão.




“Usemos de nosso amor para criar um mundo onde a cor da pele não determine o valor do ser. 
Que todos os seres de todos os mundos sejam felizes”.

Derramas Jesus.


Verte sobre mim teu olhar de cura

De paciência e tolerância,

De compreensão infinita,

De amor e compaixão.

Que tua luz se propague no meu ser

Mesmo que minhas sombras espessas se revoltem

E entre lamurio, gemidos e gritos esperneiem.

Olhas para mim.

Em teus olhos minha esperada cura

Em tua luz minha resiliência

Em minhas sombras minha pestilência,

Em tuas mãos minha redenção.

Jesus!

Quem sabe um dia


Quem sabe um dia

Poderei dizer sou inteira

Em mim minha estória conscientemente verdadeira.

Quem sabe um dia

Deitada sobre o meu corpo possa ver com clareza

As passagens da minha vida com a certeza do que fiz e porque fiz.

Saber a causa do meu agir

Sem estupefatos, sem embriagues de vivente.

Um ser consciente

De ser alma andarilha

Por milhões e milhões de trilhas

Riscadas por Deus em sabedoria infinda

Para clarear minha sina

De ser perfeita em beleza e autoestima.

Madrugada


Madrugada.

Não há sons do dia.

Silencio?

Nunca ouço.

O bater do meu coração colado ao peito de ossos

Indicando a tênue faixa da paixão e compaixão

Por mim e pelo outro.

Fronteiras sem fim

Que separam tu de mim

Estabelecida por nossas mentes juvenis

Perdidas em sonhos infantis.

Iludidas pelas imagens do só eu existo.

Solidão gerada nesse peito de marfim.

Coração gelado esmagado pelo egoísmo

Estou só.

E você que também trilha essa estrada 

Estás comigo nessa madrugada?

domingo, 19 de maio de 2013

Desejo ser feliz.


Desejo ser feliz
Ser dona do meu nariz
Correr na chuva indo e não vindo.
Tirar os sapatos no teatro.
Comer cachorro quente dormido.
Gritar sem ter motivo.
Vendo o tempo passar
Sem me angustiar.
Envelhecer sem temer.
Rir, rir, rir.
Senti-me feliz.
Sem ter nem pra que.
Somente por prazer
De saber que estou viva
Que posso pensar em ti
Fantasiar contigo
De te vestir de rei ou mendigo
Reviver, sentir, sonhar.
Saber que nunca vai mudar
Minha mania de amar, amar, amar.

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Nunca a sós


Não estamos sós.
Em toda e qualquer hora,
Em qualquer lugar,
Estão conosco:
Deus a nos animar,
Jesus a nos guiar,
Maria a nos amparar,
O anjo da guarda, claro, a guardar.

Não estamos sós.
Em toda e qualquer hora,
Em qualquer lugar,
Estão conosco:
Os nossos melhores pensamentos,
As mais lindas orações que fizemos,
As belas palavras de conforto que falamos,
As flores sutis que plantamos com nossa boca,
Detentora da porta da harmonia.

Não estamos sós.
Em toda e qualquer hora,
Em qualquer lugar,
Estão conosco:
Todas as nossas beneméritas ações,
A caridade que praticamos em forma de anjo,
O odor agradável do amor, que com nossas mãos, plantamos.
A nossa obra material na Terra semeando amor, ajuda e luz.

Não estamos sós.
Em toda e qualquer hora,
Em qualquer lugar,
Estão conosco:
Nossos pensamentos,
Nossas palavras,
Nossas ações.
Nossa bagagem espiritual
Construída por todos os nossos atos, palavras, pensamentos.
Sob o olhar auspicioso da Divindade primordial e dos seus anjos e santos.
Que sejamos luz, seres de luz, luz eternamente luz.

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Teu amor.



Que seja o Teu amor Senhor
A dádiva que compartilharei
Com todo irmão do caminho,
Com quem eu cruze na estrada,
Com qualquer alma desamparada,
Alma soberba,
Alma irritada.
Que seja teu amor Senhor
O meu guia.
O que me liberta da monotonia,
Do ser excêntrico e egocêntrico
Que ainda sou.
Somente teu amor senhor
A mim basta.
Para realizar todas as caminhadas,
Pelas estrelas e casas que te aprouver.
E nessa movedora d’alma
Se estampe em mim tua calma
Resultante do teu amor Senhor.

Pedido.


 

Concede-me Senhor a inspiração
Que traz consigo a alimentação para alma
A fé que nada abala
A paz que tudo acalma.
Que pelas letras da minha poesia
Sejam esquecidas as agonias
Por mim desconhecidas
Por trás da tela.
E esses olhos puro anseio
De remédio para suas dores
Possa encontra aqui esteio
E ao ler minhas linhas
Possa respirar sem agonia
E agradecer a ti pela vida.

domingo, 12 de maio de 2013

Gratidão à nossa querida Poonamji.


Chama-se Sanathana Sai Sanjeevii o Sistema de Terapia Complementar criado em 1995 por Poornima Nagpal, na Índia.
A palavra “Sanathana” significa “Válido todo o tempo, atemporal”, a palavra “Sai” refere-se à Mãe Divina e “Sanjeevini” é o nome de uma planta oriunda do Himalaia capaz, segundo textos indianos, de curar qualquer enfermidade.
O Sistema se baseia em Orações, em Forma Gráfica. Existem, até o presente momento Gráficos ou Orações para Partes do Corpo e Orações, em Forma Gráfica, para Enfermidades.
A Técnica consiste em, após receber do paciente o relato do que sente relacionar as Orações das Partes do Corpo afetadas e os Eventos registrados. Isto feito o Usuário coloca um meio físico, por exemplo, um copo de água, sobre cada Gráfico selecionado e faz uma prece dentro do seu Sistema de Crenças. Isto feito o paciente ingere esta água. Um exemplo corrente é o do paciente que tem uma dor de cabeça. No Sistema Sanjeevini, o paciente seleciona o Gráfico relacionado com a cabeça (Parte do Corpo) e aquele relacionado com a dor (Enfermidade ou Evento). Após a seleção basta colocar um copo mal cheio, de água, sobre um dos Gráficos, fazer uma Oração de sua predileção, movendo o copo para o Gráfico seguinte, e orando outra vez. O Sistema nasceu na Índia, mas os pacientes são orientados a usar as Orações de sua denominação religiosa por serem aquelas que, naturalmente, tocam mais os seus corações.
Alfredo Augusto Cruz é seu divulgador, desde 1998, e o responsável pela tradução do original Inglês para o Português tanto do Manual do Usuário quanto do material existente no site. Alfredo Augusto é, ainda, moderador do Grupo Sanjeevini Brasil e do Grupo Sanjeevini internacional.
Todas estas atividades Alfredo Augusto exerce sob permissão da Fundação Sanjeevini, da Índia (www.saisanjeevini.org).
Desde o ano 2000 o Sistema Sanjeevini tem sido divulgado através de Seminários realizados em cidades Brasileiras. Além do território brasileiro, seu divulgador também apresentou um Seminário em Lisboa, Portugal e participou de outro na Áustria.
A cidade brasileira campeã na realização de Seminários é Porto Alegre com a marca de quatro realizados até hoje o que gerou forte repercussão e cobertura da Imprensa Televisiva (Rede Globo e RBS). Estima-se que o Rio Grande do Sul tenha o maior número de Usuários, hoje calculados em dez mil, segundo levantamento local.


sexta-feira, 3 de maio de 2013

Quem EU SOU?




Adivinha?

Sou branco.

Fui negro.

Vermelho e amarelo.

Sou novo.

Fui velho.

Já fui e já cheguei.

Outro dia irei de novo.

Esqueci o que fui.

Não esqueço o que aprendi.

Já fui sinistro estou melhor.

O que vivenciei  ficou pra sempre comigo.

Desde que tenha sido bom, amável e belo.

Todos os enganos apagados.

Para que eu fique admirável.

Só nasci e nunca morro.

Mudo somente a aparência.

Mas, continuo essência.

Quem EU SOU?

quinta-feira, 2 de maio de 2013

Ode de uma gorda.




Caso tenha perdido algum ou alguns quilos
Não os deixe por aí.
Corro o risco de encontra-los. E aí! Aí de mim!
Tem gente que perde a cintura
Como nunca a tive
Achando uma...
Por favor, me avise.

Já fiz algumas dietas
Algumas torturas infernais
Emagreci um pouquinho
Depois engordei mais e mais.
A dieta da Lua
Deixou-me pálida.
A dieta do abacaxi
Cortou meus lábios e não emagreci.
A dieta da sopa
Tornou-me enjoada e trôpega.
A do tipo sanguíneo
Quase me transforma em vampiro.
A dieta da pirâmide
Não me transformou numa munia. Ah! Isso foi infame.



As ordens são:
Não coma frituras,
Nem carne vermelha,
Nem pão, nem bolo, bolachas.
Jamais manteiga.
Batatas inglesas nem cruas, nem assadas, nem a milanesa.
Chocolate nem morta!
Biscoito recheado isso engorda.
Pizza nem ver,
Bacon o coração pode parar de bater.
Citaria mil males, mil prazeres proibidos.
E mesmo que as taxas não estejam em desequilíbrio,
A ditadura da moda impera.
Determina em todo canto, o encanto da magreza.
Condenando toda a gordura externa,
E a procura da mesma na forma interna.






E entre assaltos a geladeira,
Sustos na balança caseira.
Quando estou só com meus mil botões,
Não existindo ninguém a me dar sermões,
Sobre como é maravilhoso ser magra.
Me pego no espelho mordendo uma coxinha
E digo-me você é feliz gordinha.

quarta-feira, 1 de maio de 2013

Pergunto ao meu guardião que devo temer?


Pergunto ao meu guardião que devo temer?
As intempéries da natureza?
Tornados, secas, inundações, geadas, vulcões?
Terremotos, maremotos, furacões?
A perda da saúde, a doença, os males?
O corpo frágil, dolorido, nauseabundo?
O fim da infância?
O fim da juventude?
A velhice? Com suas mãos de garras as quais nada escapa?
Pergunto ao meu guardião que devo temer?
O ladrão, assaltante, assassino?
O noiado, o serial, todo bandido?
O vizinho enfurecido?
O guarda ruas, o policial, o politico?
O cônjuge ensandecido?
O filho drogado de mim esquecido?
Pergunto ao meu guardião que devo temer?
Os maus espíritos?
As almas perdidas?
As bruxas esquisitas?
O próprio Demo?
Pergunto ao meu guardião que devo temer?
Ele responde tranquilo
Nada disso.
Somente uma semente te atinge
A do Carma mal resolvido.