Último ciclo terreno.
Restou
Restos de nada
A beleza que se foi
São rugas que se acham.
Pele fina
Nenhum músculo.
O sorriso de menina
Já não tem o frescor matinal
Os dentes amarelaram
Outros me abandonaram
Lábios murcharam.
Os cabelos de graúna
Embranqueceram
Encurtaram
Emaranharam-se num eterno coque ancião.
As ancas
Tornaram-se linhas férreas
Rígidas, sem curvas que não atraem.
Já não existem curvas.
Os seios belos e empinados
Descansam murchos sobre o tórax
Encostando suas auréolas num ventre flácido
Não servem para amamentar
Nem para embelezar.
As pernas grossas, limpas, ligeiras.
Afinaram
Encheram-se de varizes e sinais
Restringem-se a pequenos passos lentos.
Enfim, envelheci.
Estou no fim do ciclo
Ciclos que vivi e aproveitei
Vida que agradeço
Em todas as suas fases
Mesmo a velhice
Que me trouxe sabedoria
Uma nova beleza.
Paciência, bondade, tolerância, consciência real
Que tudo passa
Mas, nada é destruído.
Só transformado,
Transformado, transformado...
(visite: Poemas e Encantos II )
Restou
Restos de nada
A beleza que se foi
São rugas que se acham.
Pele fina
Nenhum músculo.
O sorriso de menina
Já não tem o frescor matinal
Os dentes amarelaram
Outros me abandonaram
Lábios murcharam.
Os cabelos de graúna
Embranqueceram
Encurtaram
Emaranharam-se num eterno coque ancião.
As ancas
Tornaram-se linhas férreas
Rígidas, sem curvas que não atraem.
Já não existem curvas.
Os seios belos e empinados
Descansam murchos sobre o tórax
Encostando suas auréolas num ventre flácido
Não servem para amamentar
Nem para embelezar.
As pernas grossas, limpas, ligeiras.
Afinaram
Encheram-se de varizes e sinais
Restringem-se a pequenos passos lentos.
Enfim, envelheci.
Estou no fim do ciclo
Ciclos que vivi e aproveitei
Vida que agradeço
Em todas as suas fases
Mesmo a velhice
Que me trouxe sabedoria
Uma nova beleza.
Paciência, bondade, tolerância, consciência real
Que tudo passa
Mas, nada é destruído.
Só transformado,
Transformado, transformado...
(visite: Poemas e Encantos II )
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