segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Boca fechada

Boca fechada


Não quero mais fechar a minha boca

A língua que coça no palato

A saliva que insiste em se acumular

Para não engolir sapos.

Não quero mais ficar calada

Enquanto ouço um desfile de mentiras

Enquanto me espanto de tanta astúcia

Da boca cheia de mentiras.

Não quero mais pactuar

Com o silêncio que consente

Nas mais falsas premissas do amar.

Não quero mais trancar minha fala

Para não machucar

Para não ferir

A quem merece ouvir

Não quero calar minha voz

Mas, falar a todos que falam.

Que não são donos da verdade

Não são reis da razão

Que se calem então.

(visite:
Poemas e Encantos II )



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