domingo, 13 de julho de 2008

Nunca estou só.


Nunca estou só.

Sinto isso...

Olhos, que me olham.

Não sei da onde.

Fitam-me com piedade e compaixão.

Quando choro silenciosamente.

Escondida de todos e de tudo.

Mas, sei não estou só.

Um perfume sinto.

Uma brisa estranha e fresca.

A acaricia-me o rosto.

Uma paz que me toma a alma e o corpo.

O sono que chega e me faz esquecer.

Não, nunca estou sozinha.

Mesmo naquele instante em que me machucam,

Em que me traem,

Em que me molestam,

Em que me humilham,

Em que me sinto a última das mortais,

A uma voz que diz: tudo passa, tudo muda.

E meu coração é preenchido de compaixão

Por aquele que me atacou.

E me sinto feliz por isso.

Em paz.

Tomo a mão invisível do meu guardião

Em pensamento agradeço

E continua a vida.

Não me perco,

Não estaciono,

Nessa dor.

Continuo a vida,

O caminho,

Em busca de meu auto-amor.

Para dividi-lo com quem quer que for.

(visite:
Poemas e Encantos II )

Um comentário:

Ana Cunha disse...

MESMO QUE ME ENCONTRE NO MEIO DO DESERTO,NUNCA ME SINTO SÓ.