Encravadas.
Sinto por não ter mudado
Por ser o que não deixei.
Sinto pelo tempo passado
Tão mal aproveitado.
Sinto pelos erros encravados
Feito unha na pele.
Sinto necessário arrancá-los
Mas, uivo de dor ao tentá-lo.
Sinto que voa o tempo
E não me espera.
Sinto meu lento caminhar.
Parecendo a lugar nenhum chegar.
Sinto que a cada “descida”
Não pareço abandonar antigas vidas.
Sinto que elas continuam lá
Como unha encravada que não consigo arrancar.
(visite: Poemas e Encantos II )
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