terça-feira, 1 de julho de 2008

Marinheiro.


Que rumo tomou meu barco

Que o leme já não coordena,

Que já não aponta

Para a estrela do norte.

Que as ondas balançam

Ao seu prazer.

E as gaivotas já não pousam em suas velas.

Que lugar é este?

Onde se ouve o cantar das baleias

Seus espirros d’água surgem do nada

Mas, não as vejo.

Nesse mar azul escuro

Como a noite que o cobre

Sós lamentos ao longe

Serão nereidas?

E os filhos da terra

Ressurgem das águas

E me fitam

Como quem espera

Como adentrei com meu barco

Num mar tão tenebroso?

Que me amedronta

E me faz um tolo.

Se há tanto já estou morto.

Os meus deixei em terra

Deles nada ouço.

Uma oração sequer pro meu consolo.

Um pensamento amoroso.

Só esquecimento doloroso.

(visite:
Poemas e Encantos II )

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