Meu jardim.
Desse-me a terra
Para eu criar um jardim.
As melhores sementes
O húmus vivificante
Sopra-se a vida
Eu coloquei o pé no barro e na areia
Com certeza plantei flores
Rosas, sempre vivas, cravinas.
Hortênsias, lírios, orquídeas.
Quão lindo poderia ter sido o meu jardim
Deixei, contudo de perceber.
A erva daninha que deixei cresce
A flor do orgulho
Que se espalhou e transformou-se
Em maldade
Desesperança
Vaidade
Mentira
Egoísmo
E o meu jardim murchou
Escureceu, apodreceu, morreu.
Estou de novo a fazê-lo
E Pai não me deixa esquecer
De escrutinar cada canto
Para que a erva do orgulho
Disfarçada de amor próprio
Não volte a reinar.
E meus esforços arruinar.
(visite: Poemas e Encantos II )
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