domingo, 27 de abril de 2008

Tempo gasto.

Olha quanto tempo gasto.
Em armazenar tesouros.
Tesouros que as traças corroem.
Minhas vestes de ouro.

Olha quanto tempo gasto.
Perdida na ilusão.
Da beleza do corpo.
Sem lembrar o dia da sua corrupção.

Olha quanto tempo gasto.
Amealhando conhecimento.
Pomposa sábia de salão.
Esquecendo a sabedoria dos que vivem na objeção.

Olha quanto tempo gasto.
Nos brinquedos da vida.
Nos salões de festas.
Nos namoros efêmeros.

Olha quanto tempo gasto.
Enchendo-me de satisfação.
Saciando os meus desejos.
Presenteando-me de ilusão.

Olha quanto tempo gasto.
Sem me preocupa com o Eterno.
Com o espírito que não finda.
Com o outro lado onde hoje estou.

Sem tesouros.
Sem beleza.
Sem sabedoria.
Sem amor.

(visite:
Poemas e Encantos II )

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