Falando de amor.
Falamos de amor e escondemos nossas mãos.
Que poderiam auxiliar tantos em dor.
Acalentar crianças sujas e abandonadas na rua.
Levanta o bêbado do meio fio nem que fosse para o colocar na calçada.
Não passamos as mãos nos brancos cabelos do ancião solitário.
Não enxugamos a lágrima do irmão.
Falamos de amor e nossa despensa está cheia de mantimentos.
E não doamos com medo que nos falte algo.
Que os doces e biscoitos findem antes do fim de semana.
Que tenhamos que sair do nosso lar e ter o trabalho de ir algo comprar.
E negamos que tenhamos o supérfluo.
Falamos de amor e não perdoamos.
A quem nos feriu com uma palavra maldita.
A quem mentiu.
A quem gritou conosco.
A quem não nos disse sim.
Não perdoamos nem a nós mesmos.
Falamos de amor e vivemos sem praticá-lo.
Reservamos algum dia na semana para o templo.
Algumas horas para a oração.
Alguns minutos para a caridade.
E todo o resto é nosso, para nosso prazer, que chamamos necessidade.
Falamos de amor e não o temos.
Falamos de amor e escondemos nossas mãos.
Que poderiam auxiliar tantos em dor.
Acalentar crianças sujas e abandonadas na rua.
Levanta o bêbado do meio fio nem que fosse para o colocar na calçada.
Não passamos as mãos nos brancos cabelos do ancião solitário.
Não enxugamos a lágrima do irmão.
Falamos de amor e nossa despensa está cheia de mantimentos.
E não doamos com medo que nos falte algo.
Que os doces e biscoitos findem antes do fim de semana.
Que tenhamos que sair do nosso lar e ter o trabalho de ir algo comprar.
E negamos que tenhamos o supérfluo.
Falamos de amor e não perdoamos.
A quem nos feriu com uma palavra maldita.
A quem mentiu.
A quem gritou conosco.
A quem não nos disse sim.
Não perdoamos nem a nós mesmos.
Falamos de amor e vivemos sem praticá-lo.
Reservamos algum dia na semana para o templo.
Algumas horas para a oração.
Alguns minutos para a caridade.
E todo o resto é nosso, para nosso prazer, que chamamos necessidade.
Falamos de amor e não o temos.
Não o temos para dar.
Não o recebemos para o acalentar no peito.
Não o reconhecemos quando o vemos.
Quando nos é ofertado.
Falamos de amor.
E nos iludimos que o praticamos.
Sem realmente reflexionar se isso é verdadeiro.
Como zumbis sem pensamentos continuamos a falar de amor.
Sem tê-lo,
Sem senti-lo,
Sem compreendê-lo,
Sem praticá-lo.
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