quarta-feira, 9 de abril de 2008


Por que Pai?

Por que o me deste tão pequeno?

Tão indefeso ser.

Que de mim precisava até o ar.

E se alimentou do meu sangue.

Que embranqueceu para o alimentar.

Porque o colocaste nos meus braços.

E ele sugou parte de minha vida.

E sorriu para mim.

Conquistando por completo e eternamente meu amor.

Porque me fizeste de aparadora.

E professora nos seus primeiros passos.

Nas suas primeiras palavras.

Enfermeiras nas suas febres.

Irmã nas suas brincadeiras.

Por que permitisses que ele crescesse.
E eu envelhecesse.

E ele partisse.

E eu ficasse só.

Recebendo-lhes os telefonemas nas datas comemorativas.

Mas, só ouvindo sua voz.

Afastada do seu abraço.

Do seu sorriso.

Das suas brincadeiras.

Enfim, Pai por que me fizestes mãe?


(visite: Poemas e Encantos II )

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