quarta-feira, 23 de julho de 2008

Encravadas.


Encravadas.

Sinto por não ter mudado

Por ser o que não deixei.

Sinto pelo tempo passado

Tão mal aproveitado.

Sinto pelos erros encravados

Feito unha na pele.

Sinto necessário arrancá-los

Mas, uivo de dor ao tentá-lo.

Sinto que voa o tempo

E não me espera.

Sinto meu lento caminhar.

Parecendo a lugar nenhum chegar.

Sinto que a cada “descida”

Não pareço abandonar antigas vidas.

Sinto que elas continuam lá

Como unha encravada que não consigo arrancar.

(visite:
Poemas e Encantos II )

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