domingo, 12 de outubro de 2014

Sonhos.

Sonhos.
Nem sempre haverá sonhos
Que nos impulsione a planos futuros.
Incitando-nos a crê que é possível mudar.
Pode ocorrer da fonte de fantasia secar
Secando com ela nossa fome de sonhar.
Morreremos então um pouco a cada dia
Pois não existirão coisas a conquistar,
Milagres a esperar,
Ilusões em que esperar.
Seremos seres duros e secos
Pedras mortas
Almas findas
Homens tristes.
Quando forem abatidas todas as nossas aspirações,
Toda utopia
Toda a alegria de imaginar.
Nada mais na vida a acrescentar
Somente a seca e triste realidade,
Material a nos circundar.



segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Musas


Minhas senhoras me ajudem a criar sem me deter

Um poema que cause admiração e não dor

Algo que traga alegria

Relembre nossa perfeição

Amarrem meu coração a Lua

E iluminem de prata minha alma e as tuas.

Lindas senhoras da inspiração

Sejam meu caminho nessa direção

Em que as palavras não sejam só riscos e linhas

Mas atitudes, emoção, desejos, decisão de ter e ser.

Amadas senhoras das letras, poesia e canção.

Nunca se esqueçam de mim.

Então, sussurrem em meus ouvidos teus conselhos.

Preencham meu peito com sentimentos

Dos mais variados em todos os momentos

Para que eu fale coisas ao vento

Murmure a irmã água

Crepite ideias com o fogo

Enterre meus tesouros em terra frutificante.

E quem sabe um dia seja mais que uma poetisa e-rrante.

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Sentes?

Florence Nightingale as the Lady with the Lamp

Sentes a minha pele?

Minhas mãos nas tuas?

Meu beijo em teu rosto?

Podes ainda vê meu sorriso?

Mesmo que triste e dementado?

A lágrima, a última de olhos pela dor rasgados?

O tremor do corpo assustado?

A sensação de perda irreparável?

Ainda me sentes?

Sabes do meu amor por ti?

Que tudo faria para te ter de novo?

Qualquer pacto com deus e com o demo?

Tantas perguntas e só silêncio

Neste final instante de agonia

Em que teu corpo esfria


E tua alma escapa para a eternidade.

domingo, 21 de setembro de 2014

O tempo.



O tempo não me trouxe só milhões de rugas
De fracas unhas
Fios brancos nos cabelos
Poucos desejos.

Arrastou consigo muitos sonhos
A sensação de ser santo
As alegres tentações
E as fortes emoções.

Deixou cicatrizes profundas
Numa alma nauseabunda.
Criando um ser repulsivo
Asqueroso ente de limo.

Transformou a criança em homem
Velho descrente
Das maravilhas infantis
Dos sonhos juvenis.

Transformou o herói imbatível
Num covarde corruptível
Para se safar da dor
Esquecendo-se de tudo até do amor.

Eis o tempo meu inimigo
Deles todo o mais esquisito
Que corrompeu meu coração
Mas, que ensinou lições.

As quais não quis aprender
Com medo de sofrer
Escolhi a rota mais fácil
O caminho mais rápido.

E me perdi
Perpetuamente
Ausente e demente
Sem a Luz ardente de Deus.


quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Fim




Hoje entendo o fim

De todas as coisas o fim.

O murchar das rosas.


A relva amarelando.

A pedra se desgastando.

Os rios que secam.

O gelo que derrete.

A terra em erosão.

As mãos que enrugam.

A criança que adormece para sempre.

Os sóis que explodem e escurecem.

Hoje entendo o fim.

Não como  o termino fatal.

Mas, somente uma passagem de estados.

Uma mudança e uma transformação

Que se num ponto desaparece

Em outro aflora com novo esplendor de vida.

domingo, 31 de agosto de 2014

Novo dia.


Todo dia é novo dia
Recomeço.
Todos os sonhos se renovam
Esperanças refazem-se.
Outros passos
Outros caminhos.
Quase um novo ser
Caso não existisse uma bagagem milenar.
Tudo é novo
Com um novo olhar.
Deixar passar o que passou.
Sonhar.
Levantar.
Recomeçar.
Apesar de...
Há sempre uma janela
Para a vida
Aberta
Para o Sol
Para a luz.
Basta com esforço
Levantar as mãos
Abri-la
E reiniciar.
Um dia a conhecer.
Outro recomeçar.
Onde os sonhos se renovam
Esperanças restauram-se.
Inauditos passos
Diferentes caminhos.
Quase um novo ser

Caso não existisse uma bagagem milenar.

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Continua...



Para que tanto desespero?
Continua...

Entre outras árvores e arvoredos
Em relvas mais verdes
Em meio ao burburinho de milhões
Que as cenas novas constituem então.

Continua...
Em trilhas esquecidas
Mas tantas vezes pisadas
Nas linhas mal traçadas
nas idas e vindas
De vidas mil.

Continua...
Andarilha alma continua.
Mesmo antes teu desespero
Tua dor profunda.
O que consideras morto
Em outras paisagens
A sua vida continua.

Eternamente
Continua...
Continua...
Continua...




sábado, 16 de agosto de 2014

Perdido



Perdidos.
Anos de vida em vão?
Em busca de insanas satisfações
Passageiras e infantis.

Perdidos...
Esforços de retificação
De busca de deificação
De purificação.

Perdidos...
Atos de boa vontade
Presentes de amizade
Aos amigos que nunca foram ou são?

Perdidos...
Todo o caminho escolhido espinhoso
Todo ato bondoso
Todo o mel?

Perdidos...
Duvidoso.
Diante da angustia e da duvida
E a certeza da fé.

Estou
Ainda perdido.


sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Minha amiga Lugh



Minha princesa canina
Minha amiga e companheira


Um presente inigualável
Um amor indefinível


Emoção e razão
Fidelidade e amor
Carinho e atenção


Nunca não!

Minha Lugh.

terça-feira, 12 de agosto de 2014

Silêncio


No silêncio

Eu escuto a voz que me dirige

Durante tanto tempo

Entre o estertor das ondas das vidas

 E o prelúdio da morte

É no silêncio que sinto a tua mão amiga

Que me ampara nas dores mais profundas

E me ergue nas quedas que sofro nos caminhos.

No silêncio

Penso em ti

E não te reconheço


Não sei como és

De ti nada posso entender

Mas, te sinto preencher minha alma.


E fico em paz.