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sexta-feira, 24 de abril de 2015

Pó.


Sou torta semente
Ledo engano da natureza
Não atraio pela beleza
Não canto e nem encanto
Sou o mais comum dos seres
Nada tenho que me diferencie de outro
Nem tampouco que me identifique com quem quer que seja.
Não fui o primeiro e nem o último
Parei no meio do nada
E muitas vezes nada me sinto
Tão pouco nada faço.
Ando sem rumo
Assim não canso
Nem penso
Não quero e não desejo.
Aceito o que vier a chuva, o sol, o relampejo.
Acoita-me a noite, o descampado ou o freixo.
Os fantasmas me tomam por companheira
Não se assustam nem me maltratam
Respeitam a dor que comigo habita
De ter me tornada nada na vida
Como eles poeira e pó.

domingo, 31 de agosto de 2014

Novo dia.


Todo dia é novo dia
Recomeço.
Todos os sonhos se renovam
Esperanças refazem-se.
Outros passos
Outros caminhos.
Quase um novo ser
Caso não existisse uma bagagem milenar.
Tudo é novo
Com um novo olhar.
Deixar passar o que passou.
Sonhar.
Levantar.
Recomeçar.
Apesar de...
Há sempre uma janela
Para a vida
Aberta
Para o Sol
Para a luz.
Basta com esforço
Levantar as mãos
Abri-la
E reiniciar.
Um dia a conhecer.
Outro recomeçar.
Onde os sonhos se renovam
Esperanças restauram-se.
Inauditos passos
Diferentes caminhos.
Quase um novo ser

Caso não existisse uma bagagem milenar.

domingo, 16 de novembro de 2008

Cada passo.

Cada passo.

Cada passo sem pensar

É um espinho na carne a entrar.

Um aprendizado doloroso.

Um mestre cuidadoso.

Cada passo sem atenção.

É uma provável queda ao chão.

É o arranhão nos joelhos.

É a perda, do horizonte, a visão.

É só o vê o chão.

Cada passo rápido.

É erro de cálculo.

É soma perdida.

É só subtração.

É a não multiplicação.

Cada passo sem amor.

É um passo perdido.

É aquele que não saí do cantinho.

É nosso medo de ser feliz.

È não ser o sal da Terra.

É não ser a candeia na janela.

(visite:
Poemas e Encantos II )