Sempre pareço estar à janela.
Vendo passar a vida.
Passando por ela.
As cortinas que balançam com o vento
Que deveriam apagar minhas pegadas
Que não existem.
Estou à janela olhando o tempo.
O tempo que passa e me consome
O tempo que me resta e me corrompe.
Estou à janela.
Esperando por algo que não sei
Que não espero
Que aconteça o que desejo.
Desejo que não tenho.
Pois, vivo à janela
À janela da vida
Não atravessei a porta
Não vivi, não vivo, não viverei.
Fico só a janela.
Nenhum comentário:
Postar um comentário