Solidão.
Como um câncer silencioso ela nos acompanha.
Invade todo o nosso ser e torna-se nossa ama.
Ser invisível e insensível nos profana.
A vida rica, saudável, perfeita detona.
Mostro sem rosto e sem alma.
Finda nossos sonhos e nossa calma.
Suga nossas energias.
Com extrema maestria.
Demônio que passa pela fresta
Da alma e os olhos infesta.
Ah! Solidão que não se afasta
Persegue-me, mas, não me mata.
Drena toda a minha alegria
Finda minhas fantasias.
Atira-me no poço que não parece ter fundo
E fico só, só neste mundo.
Quem te criou demônio insano?
Quem te pôs em minha vida?
Minha consciência em luto resolve a questão:
Foste tu alma perdida.
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