Sei que aos poucos fico só.
Só mais do que já o sou.
Foram-se amigos queridos.
Pela morte colhidos.
Foram-se meus pais.
Foram meus avôs.
Foi-se a infância inocente.
A ciência da felicidade.
Veio então a mocidade.
Mas, também, sumiu como outras coisas.
Chegou à maturidade.
Com todas as suas cobranças.
E finalmente na velhice.
Sem pais, amigos, irmãos.
Vem agora a esperança.
De uma morte calma e tranqüila.
De um anjo que me leve.
Para poder rever a todos.
E ficar na paz do Senhor meu Deus.
(visite: Poemas e Encantos II )
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