Guerreiro.
Da África livre e indomável.
Da liberdade incondicional.
Da dignidade como ser humano.
Foste retirado.
Lançado sem destino certo.
Em um grande lago salgado.
No porão imundo de um navio negreiro.
Resistisses à dor, a peste, ao banzo.
Oraste aos teus deuses e ele não te ouviram.
Pois, era esse o teu caminho.
Fazer crescer outros mundos.
Com teu suor, com teu trabalho, com tua dor.
Desesperado olhava teus irmãos e teus inimigos.
Presos num mesmo local.
Crianças nasciam na imundice.
E eram abraçadas como o que são, dádivas.
Chegastes a terras frias do norte.
Teu corpo enregelou.
Teus olhos contemplaram outras belezas da natureza.
Outros animais, outras plantas, outras estrelas a noite.
Forçado a trabalhar não se desse por vencido.
No tronco ou no chicote.
Não perdesses tua altivez.
Cativo sim, prisioneiro sim, escravo nunca.
E numa noite de chuva fugistes.
Os cães e os brancos te perseguiram.
Teu coração disparava.
Cada músculo cada nervo doía.
Mas, era a ultima tentativa.
Tu o sabias.
Cada vez mais perto os uivos, as vozes.
Até que o som te trespassou.
Jorrou tua vida pelo teu coração.
Caíste num solo que não era o teu.
Deixaram-te para ser devorado pela natureza.
Em poucos instantes, porém outras vozes.
Vindas da Mãe tu ouviste.
Teus antepassados, teus deuses.
Nanã veio te buscar.
Colocar-te no seu ventre.
Para que renascesses como novo guerreiro.
Cor de ônix.
Da África livre e indomável.
Da liberdade incondicional.
Da dignidade como ser humano.
Foste retirado.
Lançado sem destino certo.
Em um grande lago salgado.
No porão imundo de um navio negreiro.
Resistisses à dor, a peste, ao banzo.
Oraste aos teus deuses e ele não te ouviram.
Pois, era esse o teu caminho.
Fazer crescer outros mundos.
Com teu suor, com teu trabalho, com tua dor.
Desesperado olhava teus irmãos e teus inimigos.
Presos num mesmo local.
Crianças nasciam na imundice.
E eram abraçadas como o que são, dádivas.
Chegastes a terras frias do norte.
Teu corpo enregelou.
Teus olhos contemplaram outras belezas da natureza.
Outros animais, outras plantas, outras estrelas a noite.
Forçado a trabalhar não se desse por vencido.
No tronco ou no chicote.
Não perdesses tua altivez.
Cativo sim, prisioneiro sim, escravo nunca.
E numa noite de chuva fugistes.
Os cães e os brancos te perseguiram.
Teu coração disparava.
Cada músculo cada nervo doía.
Mas, era a ultima tentativa.
Tu o sabias.
Cada vez mais perto os uivos, as vozes.
Até que o som te trespassou.
Jorrou tua vida pelo teu coração.
Caíste num solo que não era o teu.
Deixaram-te para ser devorado pela natureza.
Em poucos instantes, porém outras vozes.
Vindas da Mãe tu ouviste.
Teus antepassados, teus deuses.
Nanã veio te buscar.
Colocar-te no seu ventre.
Para que renascesses como novo guerreiro.
Cor de ônix.
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