Solidão
em todas as portas e janelas
Ela
se porta e aporta.
Nas
meninas dos olhos enegrecidos, úmidos
Desmedidos.
No
céu da boca escancarado
Em que o pedido de socorro gora.
Em que o pedido de socorro gora.
Na
língua falante e ferina
Que a vida
verga.
Em
dentes cerrados, trancados, fechados
Que não concordam, não falam, não oram.
No
silencio, na dor, na demora
Ela
mora.
Infeliz
como uma serpente que não se enrola
Sempre
alerta para o bote e a hora.
Em
que enlaça mais um escravo essa vil senhora
E mesmo
com milhões no seu exercito sombrio, curvado
Solitária
ela chora.
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