Sabe quando te olham de lado e você sente que não é bem vindo.
Sabe quando a conversa pára a sua entrada no recinto.
Sabe quando você se sente sozinho.
Sabe quando você não é convidado ao almoço festivo.
Ao aniversário do neto do gerente.
Ao cinema com seus amigos ou clientes.
Sabe como é se sentir rejeitado.
E por ninguém parecer amado.
E se sentir desesperado.
E ter vontade de sumir, se enfiar num buraco.
Sabe quando o sorriso já não faz parte do seu rosto.
E seu olhar é de zanga e desgosto.
Sabe quando já não é importante a roupa que veste.
Ou se o cabelo cresceu demais.
E os dentes amarelaram por descuido.
Sabe quando você já nem parece gente.
E se esgueira feita sombra nos lugares.
E parece invisível a todos.
Sabe quando isso começa a acontecer.
Quando você se fecha para a vida.
Endurece o coração.
Nunca tem uma palavra amiga.
Nunca estende a mão.
Não fala de coisas sã.
E vive a amargura em seu coração.
Não tem esperança nem para você nem para o irmão.
Esqueceu a alegria da vida.
Das coisas pequeninas.
De parar e ver a Lua.
E sorrir para um estranho.
E melhor sorrir para si mesmo.
Perdoando os seus próprios erros.
E se amando com desvelo.
Para poder amar o outro com amor verdadeiro.
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