Como ser o que sou?
Não sei.
Hoje sorrio por nada.
Amanhã a tristeza invade minha alma e a preenche de cinza morta.
E todos os projetos parecem ruir como um antigo casarão que não teve quem cuidasse.
As esperanças desmoronam feito paredes depois de incêndios.
Os sonhos são esquecidos por uma profunda amnésia.
E os olhos perdem o brilho que um dia tiveram.
Quantos haverá como eu?
Quantos estarão presos em seus próprios pesadelos.
Em suas lutas diárias contra a melancolia.
Sem saberem o que fazer.
Para recuperar a felicidade.
Mas, não são só dias de neblinas.
Há também os dias de Sol.
Em que o céu tem o azul que nunca teve.
E a brisa é silfo brincalhão nos cachos dos meus cabelos.
E as flores parecem me oferecer perfumes nunca dantes oferecidos.
E as pessoas parecem todas boas.
E posso abraçá-las com tanto amor que as espanto.
E sou feliz. Feliz como já fui quando criança.
Como ser o que sou?
Não sei.
Talvez sendo humana.
Tendo altos e baixos.
Luz e sombras.
Dias em que estou longe...
Dias em que estou perto de Deus e sua bem aventuraça.
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