São sons de harpas.
Vozes de anjos.
Cantos incompreensíveis.
Que espantam e encantam.
Às vezes são sons outras vezes luzes.
Nessa hora cala meu coração.
Cala minha alma.
Ouvem só o que eles dizem e tocam.
Mesmo que nada entenda.
O divino é incompreensível para minha pobre alma.
Mas ela se fortalece como banhada numa cachoeira de amor puro.
E cada fibra do meu ser se afina, se sutiliza, se enfeita de luz inexplicavelmente etérea.
O corpo ainda continua aqui.
Mas, o pensamento, o espírito, revoou para distâncias sem medida.
Meus olhos interiores vêem o universo.
As estrelas, os planeta, as nebulosas.
Coisa que nem sei que são.
E se preenche de paz e gratidão pelo espetáculo da criação.
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