terça-feira, 2 de novembro de 2010

Sons

São sons de harpas.

Vozes de anjos.

Cantos incompreensíveis.

Que espantam e encantam.

Às vezes são sons outras vezes luzes.

Nessa hora cala meu coração.

Cala minha alma.

Ouvem só o que eles dizem e tocam.

Mesmo que nada entenda.

O divino é incompreensível para minha pobre alma.

Mas ela se fortalece como banhada numa cachoeira de amor puro.

E cada fibra do meu ser se afina, se sutiliza, se enfeita de luz inexplicavelmente etérea.

O corpo ainda continua aqui.

Mas, o pensamento, o espírito, revoou para distâncias sem medida.

Meus olhos interiores vêem o universo.

As estrelas, os planeta, as nebulosas.

Coisa que nem sei que são.

E se preenche de paz e gratidão pelo espetáculo da criação.

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