Partiu uma mãe Terra para o céu.Não sei como será o céu que ela criou para si.
Pois, era o tipo de pessoa que não se prendia a costumes impostos, a tradições as quais não via sentido.
Era especial. Via o futuro, predizia, sonhava, se importava...
Tinha a voz de trovão, os olhos de águia, os movimentos de uma mãe d’água, um encantamento.
Quem a via não a esquecia jamais. Ela era imponente e forte. Não, não era uma bruxa, uma wicca, uma médium ou outra qualquer definição que lhe possa dar era tudo isso e muito mais.
Era amada pelos amigos. Era só como o eremita. Iluminada como a estrela do tarô, forte como a imperatriz, transmutadora como o mago, curiosa como louco, equilibrada como a temperança e realizadora como mundo.
Viveu de frente para o mar, no turbilhão da vida.
Não me despedi dela.
Não tinha tanta intimidade para fazê-lo. Tive medo de incomodar. De não ser bem recebida pela parentela. Eu uma quase estranha.
Mas, pensava nela sempre. Orava sempre. E todos os dias quando passava em frente em sua casa elevava nem que fosse uma pequena oração pela sua melhora.
Foi-se nossa irmã de mistério, do oculto. Uma daquelas mulheres que não tem medo de levantar o véu de Isis. E caminha entre os dois mundos.
Espero que ela continue ainda seu sono dos justos e quando acordar esteja rodeado pelos que ama. Que a Luz que ela plantou em si e pelos caminhos que iluminou para os outros fique em paz.
Até logo Irma.
2 comentários:
O destino de todos nós, é partir. Talvez por não pertencermos aqui, ou por outra insondável razão, fora da nossa compreensão. De qualquer das formas, gostei da ternura e sinceridade com que fizeste tua despedida, de alguém que passou e deixou rasto...
Beijos
As pessoas especiais também partem.
O texto é uma belíssima homenagem.
Beijos.
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