Só agora.
Por onde andei?
Que estradas cruzei?
Encruzilhadas escolhi?
Trilhas passei?
Que caminhos segui?
Com tanta pressa que nem lembro.
Das paisagens.
Se existiam flores ou canteiros.
Rosas ou jasmim.
O céu era azul ou rubro entardecer.
Olhava sempre à frente.
Passavam os vilarejos e suas casas.
Moças bonitas.
Crianças sorridentes.
Pássaros cortavam o ar.
Ninhos escondiam seus filhotes.
Pequenos castelos humanos em mania de grandeza.
Eu seguia em frente, sempre em frente.
Nada era mais importante que meu futuro.
O louvor a mim mesmo.
A fama.
A fortuna.
Foi-se o passado.
Não vivi o presente.
E hoje descubro que não há futuro.
Só o agora.
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