quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Dominaste o mundo.

Dominaste o mundo.

Teu poder se estende de pólo a pólo.

Não há mais lugares inexplorados na crosta.

Mapear-se todos os cantos; as florestas, as montanhas, os desertos.

Envias robôs ao fundo do oceano, incomoda os seres abissais.

Sobes as montanhas e gritas: conquistei o topo do mundo.

Suas máquinas perfuram o seio da Mãe que chora. Um choro negro.

Seus irmãos menores, possuidores de alguma consciência, o temem.

Criasses armas que poderiam destruir teu lar no universo muitas e muitas vezes.

Depredasses a natureza.

Transformas-te o verde em amarelas dunas.

Dominastes uns aos outros.

Derramas-te teu próprio sangue nos campos de batalhas.

Alimenta-te de ódio, vingança, dor.

Mutilasse teu próprio irmão.

É o mais poderoso dos seres neste mundo.

Então, porque ao fechar a porta do teu quarto solitário

Choras?


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