quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Humanos.


Na minha alma moram todos esses monstros

Que atacam a qualquer hora

Qualquer um.

São os que estrupam crianças,

Batem em idosos,

Queimam seus filhos,

Matam seus pais,

Incendeiam mendigos.

Todos, todos estão aqui comigo.

Fazendo parte dessa realidade bruta

Dessa vida desconexa

Dessa dor de ser “humano”.

Serão tão humanos como eu?

Posso considerar-me humano?

Frente ao espelho da consciência,

Frente a Verdade,

Frente ao Juiz,

Ao Juiz final.

Serão Luz? Serei Luz?

Ou tomados pelas trevas

Seremos arrojados aos abismos

Entre o ser e não ser

Sem forma ou cor

Sombras dementadas

Em busca da sobrevivência?

Nenhum comentário: