Na minha alma moram todos esses monstros
Que atacam a qualquer hora
Qualquer um.
São os que estrupam crianças,
Batem em idosos,
Queimam seus filhos,
Matam seus pais,
Incendeiam mendigos.
Todos, todos estão aqui comigo.
Fazendo parte dessa realidade bruta
Dessa vida desconexa
Dessa dor de ser “humano”.
Serão tão humanos como eu?
Posso considerar-me humano?
Frente ao espelho da consciência,
Frente a Verdade,
Frente ao Juiz,
Ao Juiz final.
Serão Luz? Serei Luz?
Ou tomados pelas trevas
Seremos arrojados aos abismos
Entre o ser e não ser
Sem forma ou cor
Sombras dementadas
Em busca da sobrevivência?
Nenhum comentário:
Postar um comentário