quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Estou morto!

Estou morto!

Contudo sinto...

Sinto meu corpo.

Que não é meu corpo.

Mas, sou eu, num novo corpo.

Estou morto?

Como posso então ver, ouvir, falar?

Sentir a dor no peito que me levou a vida.

Retirou-me a família e não permite meu despertar?

Estou morto...

Para quem ficou.

Para quem não desencarnou...

Para quem não despertou...

Estou morto.

E outros olhos me olham.

E outros lábios me falam.

E outras mãos me tocam.

Dirigindo-me a uma nova (ou antiga?) vida.

(visite:
Poemas e Encantos II )


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