A festa da carne, da graça e da folia.
As ladeiras de Olinda trepidam com os pés dos foliões.
O canto dos blocos se ouve ao longe.
Crianças, jovens, adultos e velhos se entregam a essa alegria.
Das altas janelas dos casarões se vê o vai e vem dessa gente.
Que esquecem tudo para viver esses dias.
Carnaval.
Os rostos estão pintados.
Maquiados com lindas borboletas as meninas.
Os marmanjos se pintam por completo.
E são dourados, verdes, azuis.
As crianças são passistas e palhaços.
As avós já sobem as ladeiras com um pouco de cansaço.
Carnaval.
Finda na quarta feira.
E todos tiram suas tintas.
Suas fantasias.
Lembram-se das alegrias.
Dos excessos e das bebidas.
Carnaval.
Quinta feira.
Roupas comuns pelas ruas.
Nenhuma fantasia.
Nenhum bloco de folia.
Nenhuma orquestra chamando os foliões.
Cada um põe a sua máscara diária.
De pai, mãe, advogado, ladrão e empresário.
E retornam ao palco da vida.
(visite: Poemas e Encantos II )
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