Acaso.
Foi o acaso.
Essas coisas que acontecem sem esperamos.
Numa dessas filas em que ficamos todos os dias.
Tu estavas lá.
Reconheci-te pelos olhos azuis.
Não existiria outro igual.
Que lembra o mar da Grécia.
E às vezes o escurecer do céu.
Mas, não tinha nada haver com o que eras.
A roupa já não era nova.
Folgada como se não tivesse sido feita para ti.
Nenhuma daquelas jóias que usavas na mocidade.
Nenhuma pintura, nenhuma maquiagem.
As unhas pequenas e sujas demonstravam trabalho pesado.
Os sapatos roídos.
Tu que eras à flor da fina sociedade.
A mais bela das flores nos salões de bailes.
A mais rica e cobiçada.
O orgulho e vaidade em pessoa.
O que fizera contigo a vida?
Envergonhei-me do meu terno.
Dos meus sapatos de cromo.
Do meu relógio de ouro.
Do cordão pendurado no pescoço.
Do cabelo bem cortado.
De ser chamado doutor pelo atendente.
Ao passar por ti.
Não te olhei.
Não quis te ofende a vaidade.
Baixei os olhos.
E pedi a Deus por ti.
(visite: Poemas e Encantos II )
Foi o acaso.
Essas coisas que acontecem sem esperamos.
Numa dessas filas em que ficamos todos os dias.
Tu estavas lá.
Reconheci-te pelos olhos azuis.
Não existiria outro igual.
Que lembra o mar da Grécia.
E às vezes o escurecer do céu.
Mas, não tinha nada haver com o que eras.
A roupa já não era nova.
Folgada como se não tivesse sido feita para ti.
Nenhuma daquelas jóias que usavas na mocidade.
Nenhuma pintura, nenhuma maquiagem.
As unhas pequenas e sujas demonstravam trabalho pesado.
Os sapatos roídos.
Tu que eras à flor da fina sociedade.
A mais bela das flores nos salões de bailes.
A mais rica e cobiçada.
O orgulho e vaidade em pessoa.
O que fizera contigo a vida?
Envergonhei-me do meu terno.
Dos meus sapatos de cromo.
Do meu relógio de ouro.
Do cordão pendurado no pescoço.
Do cabelo bem cortado.
De ser chamado doutor pelo atendente.
Ao passar por ti.
Não te olhei.
Não quis te ofende a vaidade.
Baixei os olhos.
E pedi a Deus por ti.
(visite: Poemas e Encantos II )
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