sábado, 1 de setembro de 2007

Espinho.

Espinho doloroso na carne é o amor.
Transformado em apego.
Em zelo, em desmantelo, em demasia.
É açoite e zombaria para quem não sabe amar.

Espinho doloroso na carne é o amor.
Que aprisiona o amado.
Que escarnece dos seus sonhos.
Que o sufoca de cuidados.

Espinho doloroso na carne é o amor.
Sem limite sadio.
Sem controle.
Sem compreensão.

Espinho doloroso na carne é o amor.
Que susta a razão.
Que se embota de emoção.
Que não se sublima.

O amor é para ser vivido em liberdade.
Distribuído com igualdade.
Controlado pela razão.

Assim vivido é paz profunda.
É sabedoria iluminada.
É bênção para alma amada.

2 comentários:

Mabi disse...

Gostei muito da poesia :)

Um assunto inesgotável, pelo nosso ainda limitado entendimento desse sublime sentimento...

Pensando nisso sempre recordo um poema de Gibran Khalil, onde o poeta libanês afirma aos pais que os filhos não são vossos, mas de Deus...

Pode ser lido aqui:

http://www.kixiki.com.br/os_filhos.htm

Abraço afetuoso!

Mallika disse...

Olá Angélica.
Já conhecia o poema. Contudo foi ótimo relembrá-lo. Obrigada pela sua visita.
Um abraço.