quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Vem.


Liberta-se alma dos grilhões.
Que te prende a Terra.
Não cedes ao teu coração.
Esqueces tudo que te onera.

Repudias os teus remorsos.
Segues em frente.
Espera-te céu formoso.
No passado não atentes.

Por mais doce que te sejas lembrar.
Tuas lembranças são dores a pulsar.
No peito combalido e triste.
Cansado de lutar.

Ouve o som dos anjos que te chamam
Teus antepassados clamam:
Vem irmã!

E qual limalha presa a imã.
Não alças vôos acima.
Da Terra que te seduz.

Até quando alma irmã
Ficarás encantada com essa paisagem.
Que qual canto de sereia te extasia.

Mas, que esconde o perigo dos arrecifes.
As pontas de pedras que ferem os navios.
E transforma em náufragos os viajantes.

Liberta-te o mais rápido que possas.
E vem em nossa companhia.
Realizar nos céus romarias.

2 comentários:

.solange disse...

Se todos vissem a vida terrena como ela realmente deve ser vista, muitos conseguiriam uma evolução espiritual mais rápida. A maioria age como se fosse essa, a única vida e tenta aproveitar ao máximo. Quantas coisas deixamos de aprender ou fazer pela pressa em aproveitar...
Esta vida não passa de uma prisão em que o espírito se encontra a passar por provas e expiações. E quando finda, se bem vivida, prova o alívio da liberdade real e verdadeira. Não se deve querer a morte, mas ela deve ser vista como a libertação.
Beijos.

Mallika disse...

Com certeza.
Que nos preparemos para a passagem. Seja a nossa ou dos outros.
Abraço.