quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Alma bailarina.


Vai bailarina e rodopia.
Solta como pipa ao vento.
Em contorcionismo intento.
A liberdade minha alma contamina.


Vai bailarina e rodopia.
Entre rosas e espinhos.
Entre risos e alegria.
Entre escárnio e orgia.

Vai bailarina e rodopia.
Pelos becos das cidades.
Pelas ruas e botecos.
Pelas praças e jardins.

Vai bailarina e rodopia.
Nos castelos suntuosos.
Nos imensos casarões.
Nos casebres imundos.

Vai bailarina e rodopia.
Pelo túnel do tempo.
Em tempos tão antigos que nem lembro.
Bailarina rodopia.

Vem bailarina e repousa.
Vagastes por tantos séculos.
Vivestes tantas venturas e desventuras.
Sossegas.

Vem bailarina, alma minha e repousa tranqüila.
Encontra teu descanso e alento.
Pois ele, Jesus Nazareno,
Abre os braços para ti.

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