quarta-feira, 5 de maio de 2010

Sem atenção...


Sem atenção...

Arlequim, palhaço, saltimbanco,

Em todos os circos presente,

Alegrando picadeiros,

Fazendo gente contente.

Iluminado rostos infantis

Com a magia do meu sorriso,

Das quedas premeditadas,

Das trombadas,

Enfim, das palhaçadas.

Não sei então porque insistem

Em me pintarem assim

Triste.

Retratando em mim o que são

Infelizes, abatidos, sorumbáticos

Seres.

Que se prendem

As nuvens negras

Da tristeza, das lágrimas, da solidão,

Sem prestarem atenção

Nas cores,

Sons,

Beleza,

Alegria,

De tudo bom que trás a vida

Para os seus corações.


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