Caí de boca e joelhos
Na fria e áspera terra.
Na crua indigesta realidade.
Senti o corpo ferver, quente, alucinar
Pelo sangue nas veias a borbotar.
Pela primeira vez a dor que antes não conhecia.
Algo cruel, brutal, que me enfraquecia.
Estava vestido de ossos e pele.
Pele suja que fedia.
Já não podia ver tudo
Um pouco a frente,
Um pouco ao lado.
Nunca o que estava as minhas costas.
Eu que era Luz
Beleza,
Apuro,
Pela luta do poder e glória,
Pela não aceitação,
Da Perfeição.
Desci...
Há milênios desde então.
De anjo
A humana e duradoura aflição.
Nenhum comentário:
Postar um comentário