
Vieram.
Eles vieram
Escorados, amparados, sustentados
Frágeis como folhas outonais.
Doentes, dementes, sem mente.
Semente que murchou.
Olhos vidrados, estáticos, sem brilho algum.
Perdidos sabem-se lá donde, quando, em que situação.
Murmuram, choram, gritam, clamam socorro.
Em suas almas medo, dor, terror.
Já não participam da história como viventes
São os que partiram pela metade
E esperam desesperadamente o socorro
Vindo de casas simples
Pessoas simples
Que desejam ajudar
Emprestando o corpo, a fala, a mente, o coração
Para que eles possam dissertar
Sobre tudo que passam
Uns reclamam,
Outros choram,
Alguns se descobrem mortos e vivos,
Desabafam,
Reiteram a vontade de vingança,
Ouvem os ensinamentos do mestre.
Recebem a Luz do Divino.
Ajuda da espiritualidade.
E se vão.
Mais tranqüilos,
Sossegados,
Carregando no coração
Uma esperança:
De serem por Deus abençoado.
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