quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Já não posso.


Já não posso.

Doar o que doei.

Entregar-me do mesmo modo.

Ter verde eterno a minha esperança.

Acreditar veementemente na melhorar.

Sonhar que sim...Vai melhorar.

Que os problemas serão passageiros.

E mudaremos para melhor.

Já passou o tempo e a experiência endureceu meus sonhos.

Vejo-os a cada dia mais envolvidos em materialidade.

Eles não sonham com anjos.

Sonham com poder, sexo e drogas.

Choro pelas suas perdas.

Que eles acham ganhos.

Vejo-os estendido ao solo.

Em poças do seu próprio sangue.

Mortos, jovens, alegres e sanguinários.

Fariam o mesmo com outros.

Oro.

Para que não seja longo o tempo da reparação.

Que lhes chegue à compreensão.

Que ser bom é bom.

(visite:
Poemas e Encantos II )

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