Já não posso.
Doar o que doei.
Entregar-me do mesmo modo.
Ter verde eterno a minha esperança.
Acreditar veementemente na melhorar.
Sonhar que sim...Vai melhorar.
Que os problemas serão passageiros.
E mudaremos para melhor.
Já passou o tempo e a experiência endureceu meus sonhos.
Vejo-os a cada dia mais envolvidos em materialidade.
Eles não sonham com anjos.
Sonham com poder, sexo e drogas.
Choro pelas suas perdas.
Que eles acham ganhos.
Vejo-os estendido ao solo.
Em poças do seu próprio sangue.
Mortos, jovens, alegres e sanguinários.
Fariam o mesmo com outros.
Oro.
Para que não seja longo o tempo da reparação.
Que lhes chegue à compreensão.
Que ser bom é bom.
(visite: Poemas e Encantos II )
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