Gozo, prazer, riqueza, dinheiro, poder.
Foi a tua infância e o adolescer.
As mansões dos amigos.
Os passeios nos carros de luxo.
As caçadas as raposas.
As brincadeiras em grandiosos jardins.
A tua beleza sem par, que parecia não ter fim.
A proteção do teu pai que nada lhe negava.
Até que um dia veio à morte que os separaram.
Viste tua riqueza se esvai.
Como água pelo ralo.
As aves de rapina a te roubarem os bens.
E tu sem ninguém a quem recorrer.
Teus servos foram embora.
Tua ama chorosa te abandonou.
Da tua casa fosse expulsa.
E só a rua te sobrou.
Não tinha parentes a quem recorrer.
Quando então lhe aparece aquele senhor.
Que a leva para a via fácil.
Para a tortura de ser carne exposta ao sexo sem amor.
E foram anos no tormento.
Ate que a sífilis de ti se apossou.
E fosses de novo jogada na sarjeta.
Até que o corpo feneceu e tua alma o abandonou.
Os que passavam falavam: uma prostituta, mulher vadia, sem vergonha.
Enquanto do outro lado os anjos te socorriam.
Como criança que não fora preparada para a vida.
Que não tiveram amparo de ninguém.
Que fora utilizada como mercadoria.
Por que anjos julgariam duramente assim esse alguém?
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