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domingo, 30 de agosto de 2020

Gafanhotos




Tenho saudades dos gafanhotos.
Grandes, imensos, escuros e feios.
Amarrados com linha branca,
Para eles um cerceio.

Pegos pelo meu pai,
Postos em minhas mãos.
Um tesouro inestimável,
Animal de estimação.

Porém, a noite na calada,
Mãe, me achando amalucada,
Libertava-os da escravidão.

Eles, contentes se iam.
Ele mentia e contava, fugiram!
Fazia-me um dengo, dizia, chore não.

Se foram no escorrer do tempo,
Meu pai, os gafanhotos, a ilusão.
Não há mais crianças enganada,
Não tem ninguém a dizer-me...
Chore não.

quinta-feira, 4 de junho de 2015

Meus poemas.




Dê-me Pai algo de bom para dividir em meus poemas
Que não sejam somente lamentos, prantos, anátema.
Que existem ou irão existir na humanidade sofrida e lamurienta.
Que Teu amor mova a minha pena.

Permitas que minhas letras envolvam corações
De paz, amor, humildade, boas ações.
Trazendo riso e satisfação.

Para aqueles que correrem os olhos pelos meus escritos
Sintam mais e mais razão para continuarem existindo
Cientes do perfeito amor Divino
Claro como a aurora que abre o dia sorrindo.

Que lembrem as suas felicidades
Esqueçam todas as sofridas maldades
E orem cheios de esperanças e bondade.

A cada verso lido nasça um olhar menos dorido
Um sorriso cativo de bonança
O senso de dever cumprido e reconhecido
Como se fosse somente o poema para ele escrito.

E sejam assim, meus poemas, amigos que levam adiante.
Deixando para trás toda dor causticante.
Tornando-se ninhos onde seres cansados e infelicitados encontrem paz, amor e carinho.

Não se prenda leitor querido à parte escura da poesia
Entrever nas linhas sinuosas, tortas, labirínticas.
A verdadeira mensagem transmitida de que nada se destrói tudo se complementa.

A vida continua eterna, palpitante intensa trazendo-nos cedo ou tarde plena felicidade.