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sábado, 8 de agosto de 2020

Amor mais que tardio


Pintura do Romantismo brasileiro - Wikiwand
Ainda aguardo as escondidas
O amor perfeito sem perfídia.

Sonho em avançado estio
Em preencher meu vazio.

Sinto teu cheiro e inexistes
Certeza ainda não me vistes.

Mas, continuo a te esperar
Um dia hás de chegar.

Mesmo sendo no último momento,
No meu último e profundo alento.

Nessa hora estranha e fatídica,
Do corpo a alma em saída.

Pela primeira e última vez
Te verei... e serei feliz.   

Mallika Fittipaldi. 08.08.2020

segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

Acabou




Sendo o que sou, sou.
Basta-me ser eu mesma.
Cada sonho realizado... Uma flor que me dou.
Mimo, carinho, auto apreço... Assim me restabeleço.
Não já me interessa o que tu pensas.
Simplesmente passou.
Cada esquina que dobrei,
Cada rua vencida,
Escada subida,
De ti me afastou.
Faltastes tanto... Que não mais me faz falta.
E assim, livre vou.
Não, te busco mais em meus sonhos
Felizmente
Acabou.

Mallika Fittipaldi - autoria

domingo, 5 de julho de 2015

Amanhã...


Hoje pode ser...
Mas, amanhã...
Quem sabe não poderei ser salva.
Há milhões de células de minha pele que escapam
Em grotesca forma de poeira árida.
Isso por mais que me zele.
Animais minúsculos me devoram
Sugam-me, bebem-me, deterioram-me.
Todos os segundos, minutos, todas as horas.
Suas garras, dentes agudos, suas bocas apavoram-me.
Libero a energia que me sustem
Se não a libero morro também
Sufocada, entalada, nos pulmõe eu esmagada.
Então respiro ciente dessa cilada.
Os movimentos necessários me corroem
Ossos que se batem a vida inteira a si mesmo destroem
Desgastam-se, acabam, racham.
Sobra a dor causticante e atroz.
A própria luz
Que alegra a vida
Com o tempo aos olhos causam feridas
E os cegam sem dó ou piedade.
Essa é a Lei inexorável
Da Verdade.
Aceitando ou não virá silenciosa como o tempo
A Lei Divina da Destruição.
Morrerei então em silencio ou aos gritos
Sozinha ou acompanhada
No meu leito
Ou na rua abandonada
Não sei...
Hoje pode ser...
Mas, amanhã...
Quem sabe não poderei ser salva.

sexta-feira, 19 de junho de 2015

Orbe de amor.


Abate-me o movimento penoso da vida
Quando amputa de alguém a felicidade cobiçada.
Cota da ilusão assim perdida.

Entristece-me o jovem com valores embrutecidos
Esquecido dos outros sejam parentes, desconhecidos, amigos.
Enquanto caminha pela vida ilusionado pelo orgulho embevecido.

Assusta-me a criança já avelhantada
Que não brinca nem com nada se espanta
Parece adulta a mais ninguém encanta.

Olhos cheios d’água ficam ao verem os velhinhos olvidados
Sozinhos, abandonados, desamados, repudiados.
Esperando nos asilos amados filhos que deles já há muito estão deslembrados.

Desejo um mundo melhor para todo ser
Mais humano. Fraterno e benigno.
Eis a minha quimera amigo.

Quem sabe? Se eu soma meus bons gestos aos teus e os teus a outros
Formando uma corrente de amor modificaremos esse mundo de horror
Para um orbe de amor.

quinta-feira, 21 de maio de 2015

Nos perdemos.




Onde nos perdemos?
Em que encruzilhada desencontraram-se nossos caminhos?
Qual a razão dos nossos passos não terem se voltados para nosso ninho?
Quanto silêncio, segredo, sigilo do que ansiávamos.
Sufocando a cada dia o anseio da união amiga, do companheirismo, do amor.
Calando as vontades.
Dobrando no fogo da forja os instintos.
Sonho meu...
Serei teu sonho...
Ou morremos um para o outro
Descruzando os encontros
Receando um futuro nosso.
O que nos prende ao presente?
Haverá assim tanta felicidade?
Ou habituamo-nos as migalhas de nos sentir
Um pouco bem,
Um pouco amado,
Um pouco desejado,
Um pouco respeitado,
Um pouco, mas só um pouco, de qualquer coisa.
Enquanto nas ampulhetas a areia desce
Nos relógios os ponteiros correm
Os carrilhões tocam
Os sinos badalam.
Avisando o fim do tempo.
Fogem de nós os últimos resquícios dos sonhos
O pouco de juventude, a nossa vontade, a nossa loucura de tentar.
Ficamos emparedados, enrijecidos, entorpecidos.
Fica apenas o medo de perder tão pouco.
Para arriscar algo mais.
A grandiosa aventura da vida.
A paixão.