Da magia, do encanto, da ilusão
Nasce o sonho cheio de sofreguidão.
Que povoa minha imaginação.
Treme suado e amedrontado meu coração.
Donde conheço essa aparição?
Que me persegue incansavelmente
Noite e dia alternadamente.
Vejo-a pelos cantos dos olhos
Sobrevoando os telhados
Em noites de lua cheia.
Fixa fico... como presa em uma teia.
Cheia de prazer convida-me a com ela partir.
Medo e vontade se digladiam
Será que devo ir?
Suspensa no tempo,
Estancada no ar, espera minha decisão
Mas, o temor maior que a vontade,
Prende-me ao chão.
Esvoaça entre as estrelas,
Segura por cordas mágicas no espaço,
Num bale exuberante de perfeito compasso.
Pode parecer estranha criatura,
Em uma vassoura cortando as alturas.
Que sorrindo parte em algazarra,
Plenamente livre, sem amarras.
Enquanto me sentencio a nulidade.
Perdendo o que poderia ser...
Se nela me tornar-se.
Mallika Fittipaldi
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