domingo, 22 de agosto de 2010

Não vistes?



Olho para teus olhos dementes.

Que figuras te apavoram?

Que monstro de perturbam a mente?

Onde perdeste tua alma.

Em que lugar desistisse de ti mesmo.

E hoje és oco como tronco velho.

Por que buscasses a alegria no sonho.

No néctar falso.

No poder nefasto.

Não viste que teu corpo fenecia?

Que tua mente fugia apavorada.

Ou sonhava com o que não existia.

Hoje, trapo de vida.

Molambo de homem.

Cheiras mal jogado em uma esquina.

Os que te vêm se assustam ou se apiedam.

Mas, não te socorrem.

E continuas entre sonhos e pesadelos.

O corpo treme com convulsões.

O pulso acelera.

O suor escorre pelo teu corpo.

Já não tens mais força para procurar tua assassina.

Morrerás aí onde estás.

No meio de teus próprios dejetos.

Não há mais quem te forneça a droga.

Acabou...

Vejo quem vem te buscar.

São sombras.

Como foste na tua vida.

Elas te perseguirão.

Até sugar tua última energia.

Vejo-te entrar no vale do desespero.

Agora só posso orar e esperar.

Até que te arrependas e abras teu coração.

Para receber a divina consolação

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