quinta-feira, 30 de julho de 2020

Não mando e nem desmando


FELIZ DIAS DAS MULHERES! | Pintura de mulher, Pinturas românticas ...
Não comando o piscar dos olhos meus,
O ritmo do meu coração,
O vai e vem da respiração.
Não comando minha fome,
Nem tão pouco a saciedade.
Meus cabelos crescem à deriva.
Minha pele resseca pela idade.
Não governo meu sono,
Nem a hora em que desperto.
Não controlo meus pensamentos,
Nem tão pouco os dirijo.
Mesmo braços e pernas parecem, às vezes, terem vidas próprias
Não determino o que sinto.
Amo quem nem a mi ama,
Rejeito os que de mim gostam,
Sou grosseira, impaciente e renitente,
E esses sentimentos, sentidos, me incomodam.
Parece que nada controlo.
Eis a verdade!
Por que me pressuponho saber determinar...
O que me trará real felicidade?




terça-feira, 28 de julho de 2020

Deliberadamente

Homem Solitário Parque - Foto gratuita no Pixabay
Deliberadamente

Escolhi...
A nada ou ninguém culpo pela minha dor.
Se me consome as misérias da vida é somente o resultado do que sou.
Minha desdita é o resultado das minhas ações.
Não cuidei das flores da minha alma,
Não me enterneci com a as alvoradas,
Não sorrir, nem dividir.
Passei ao largo nos front das batalhas da vida,
Decidi-me a não sanar dos outros as feridas,
Não me prestei a dar a ninguém acolhida.
Só passei nos caminhos de olhos cerrados.
Para o próximo o coração fechado,
Mãos que não se estenderam.
Ações benéficas que não ocorreram.
Não te entristeça minhas dores
Agora tenho a ciência
Que tudo que fiz teve um custo.
Na verdade, as dores, são corretivos
Pelas chagas das quais não fui um lenitivo
Ao alimentar meu ego desatinado
Buscando o prazer alucinado
Há fui um ser dementado!
E agora recolho as contas submisso
Das Leis Universais não sou omisso.
Sirva de exemplo essa realidade
Não se escarnece da divindade
Nas contas do universo tudo é perfeito
A nossa porta virá o cobrador ou o doador pelos nossos feitos.

Mallika Fittipaldi. 28.07.2020





segunda-feira, 27 de julho de 2020

Voltando

Voltando 

 Tudo volta, volve, torna.
 Num incansável vai e vem a vida se repete.
 Um ‘looping’ interminável de reviravoltas. 

 O que foi ontem, passado, pretérito e imperfeito, 
 bate a nossa porta e grita recomeças! 
 O que fizestes não foi o combinado, não foi de proveito. 
 Por isso, retornes, ages sem desleixo! 

 Seja de boa ou má vontade volvemos, 
 num corpo novo, frente as lições não aprendidas, 
 de tantas outras vidas a alma esquecida. 

 Novos companheiros nas trilhas do destino, 
 velhos desafetos a nos tirar a paz e o tino, 
 antigos espinhos a nos perfurar as carnes
e almas inimigas que nos escarnem.


 Não desistamos, porém, da árdua tarefa, 
 um dia enfim, após tantos descaminhos 
 o louro da vitória, a libertação da carne, 
inexoravelmente nos espera.

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2020

O Mago



Trazendo do céu para a terra o que enseja.
Uma palavra para ti é destreza.
Manipula os elementos que a tudo compõe
E cria a realidade que deseja.
Cunhas e desconstrói...
Tem força, vontade e determinação.
Eis que podes ser exemplo de ser em construção.
Não utilizes seus dons só para si.

O universo, se assim o fizeres, os tirará de ti.
Seja sempre o construtor de todas as formas
Uses sempre para isso o elemento amor.
Tudo então, em ti será luz e resplendor

domingo, 16 de fevereiro de 2020

O louco

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Caminheiro saudoso de não sabe o que,
Viajor renitente, implacável consigo
Que insiste e nunca, nuca para.
Quem pensa que és?
Já não está a tua mochila, no momento, lotada?  
Que demente motivo te faz desejar sempre um pouco mais?
Não te basta o que já tens?
Não te pesas o que já possuis?
Não te sobrecarrega o que obtivesses?
Porque buscas sempre mais?
Quanto ainda almeja tua alma?
Sim, todas as cosias cabem na tua mochila.
Contudo, não precisas preenchê-la de vez
Concentre-se no que já possui
Detém-te a beira desse precipício de desejos,
Houve as vozes que te clamam
Cuidado!
Não sejas o louco que despencam
No abismo dos próprios anelos.
E sim, o que aproveita o caminho em todos as nuances.
E assim... Cresce!

quinta-feira, 28 de novembro de 2019

Doente? Segue!

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Quando o corpo desalinha,
Entorta, enfraquece, adoece.
A mente se defronta com o medo
Da dor, do processo, do inevitável “tudo fenece”.
As imagens de um futuro de luto
Pelo que se deixará de fazer.
Por tudo que irá se perder.
Assombram, amedrontam, entristecem.
A alma atordoada busca uma saída
Entre as vagas das dúvidas sente-se perdida
Pelo destino pode se sentir traída.

A voz da Consciência lhe fala: acalma-te
Em ti repousa a chama Divina!
Caminha confiante filha!
As tempestades fazem parte da vida.
As agruras, o desespero, a dor
Há no futuro o remédio de todos teus males
O fim de todas as dores. Aguarde...


Repousa tua confiança onde é certo
Na Luz que criou todo o universo.
Que alivia, sana, cura qualquer mal
Continua seu papel no campo atual
Confia, segue e verás...
Existe força onde não esperas,
Cura onde não enxergas,
Conforto e consolo onde não aguardas.

Além, irmãs te olham com ternura.
Torcem e oram pela tua cura.
A vida sempre continua.
Crer na Divina Providência que age sem notares
Segue o mais possível tranquila nada há que te aniquila.
Nada existe que te elimina!
És Ser imortal!
Mallika Fittipaldi. Novembro - 2019


quinta-feira, 6 de junho de 2019

Abraços

Imagem relacionada

Abraços
Há braços que acolhem
Onde as crianças dormem
Um lugar que elas escolhem.
Que abrigam e resguardam
Das dores que as almas rasgam.
Há braços amáveis
Adoráveis e inesquecíveis
Que chegam na hora que se mais precisa.
Há braços que sustentam
Quando ao redor tudo se dissolver
Eles são muros que não se movem
Arrimo promovem.
Há braços sempre alerta
Que adivinham necessidades alheias
E somente amor ofertam.
Sejam nossos braços abraços
Abertos ao encontro em qualquer espaço
Da vida em qualquer compasso
Sempre, sempre há braços.




terça-feira, 21 de maio de 2019




Que pese as amarras do passado...
Os ventos futuros me atraem!
Mallika Fittipaldi - Fraseando. Isabel Enrich - Pintora. 

segunda-feira, 22 de abril de 2019

Visita da solidão


 Imagem relacionada
E se a solidão não só bater a tua porta
Mas, entrar?
Que pavor! Como a suportar?
Com seu sorriso triste ela vai tentar te enganar.

E aí?
Avexaras em a pôr para correr?
Terás vontade de morrer?           

Pensas que não a convidastes
Essa é intrometida.
Vem sorrateira acabar com tua vida?
Quantas vezes já não a expulsastes?

Negas ferrenhamente essa presença
Teus sonhos ela aniquila.
Vadia, inimiga que tua felicidade invalida.

Nunca pensantes com ela sentar?
Servi-la a tua mesa e nela teu olhar repousar?
Indagando o sentido de ela lá estar?

Aproveitas essa visita não bem quista.
Usa tuas horas vazias e triste para avaliar
O que fizestes, ou não, para tão só estás?


quinta-feira, 18 de abril de 2019

Novos deuses

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Bem-vindos.

Ao mundo dos deuses perdidos, relegados, esquecidos.

Pela bruma do tempo esmaecidos.

Sem devotos, sacerdotes, templos...

 Seus saberes e poderes perdidos.

Mortos pelos novos deuses pelos homens estabelecidos.

São esses deuses, contudo, mais atrozes.

Sob a face de cordeiros escondem-se seus sacerdotes ferozes.

Matando os verdadeiros prazeres da humana vida.

Dádiva divina!

Por interesses inconfessáveis e vorazes.

Mirem os novos deuses!

Sob muitas formas são honrados a todo o momento...

Do egoísmo sem nunca contento...

Da luxuria dos homens infinita...

Da gulodice que nunca finda...

Do autoritarismo esmagador...

De todos os prazeres que só causam dor...

Estampados nas moedas...

Nas reportagens sobre as guerras...

Na busca de corpos perfeitos inatingíveis ...

Na fome e peste que assolam o mundo...

No choro da criança e do velho desnudo...

Na vida que se esvai sem sentindo...

No amor que morreu sem merecer tal castigo...