Ela era enorme uma giganta!
Que balançava o meio do corpo
Numa cadência incompreensivelmente perfeita.
Sobre a cabeça tufos negros, à guisa de cabelos, soltos e
finos, lisos e brilhantes.
Os pés marcavam os chãos, o capim, o areal.
Nas mãos cabia o mundo.
Criava e aniquilava, nutria e protegia, batia ou acariciava.
A boca tinha os dentes tão belos, a língua sábia dos mestres
da vida.
Quando sorria iluminava meu universo.
Quando calava taciturna enchia-me os olhos d’agua.
A seguia aonde ia, era meu prazer observá-la,
Dizer tudo o que fazia ou quase tudo para não incomodá-la.
Era meu titã, minha deusa!
Meu amparo, minha luz, meu sustentáculo!
Minha mãe.
Ontem tudo...
Hoje só lembranças...
Só saudade...
Nenhum comentário:
Postar um comentário