quinta-feira, 3 de janeiro de 2019

Louça Branca


Sua vida,sua escolha, seus sonhos, suas dores,seu passado , seu presente, seu futuro,. É apenas seu, não deles.


Louça branca

Não penso ser uma louça branca, virgem.
Estragam a brancura límpida da peça
Riscos, marcas, rugas, traços que de mim convergem.
Resquícios de vivências onde minha alma tropeça.

As escolhas que faço podem parecer alheias...
Não são. Elas trazem em si um passado, as vezes escuro, que as perneiam.
São as tristezas, erros medos e maculas de outras eras o que as desencadeiam.

A cada pensamento emoção e ato, em busca da melhora, que realizo
Na verdade, não são novos apenas reproduzo e repito
O que já fiz, intentei ou perseguir
E mesmo assim, com esforço, não consegui.

Tendo comigo a fé de que a louça limparei
Sigo em frente! Mesmo que pelas bordas do tempo, meu destino honrarei
E certamente toda macha, da louça, extirparei.

Fica a cada passo uma esperança.
De que um dia essa louça limpa e branca
Receba a Chama Divina que tudo cria.
Então, essa alma, minha alma, não será mais vazia.

Autoria: Mallika Fittipaldi. 2019



6 comentários:

Unknown disse...

Que lindo! Belíssimo!
Quanta sensibilidade!
Amei!

Unknown disse...

Luciana Rodrigues

Mallika disse...

Obrigada pelas palavras, pela visita.

Marilene Palmeira de Lucena. disse...

Com fé e esperança com certeza sua alma limpará.

Marilene Palmeira de Lucena. disse...

Belo poema querida Mallika

Mallika disse...

Obrigada amiga querida.