Folhas mortas
Por toda terra folhas mortas
Ressecadas pelo Sol da violência
Espremidas umas entre as outras
Soterradas em si.
Folhas mortas
Criadas pela vida
Destinadas a morte
Tantas tão cedo...
Folhas mortas
Caídas dos seus sonhos
Desmembradas dos mais tenros desejos
Enganadas pelas ilusões
Corroídas até por singelos anseios.
Folhas mortas
Mesmo sem ser outono
Deixadas de lado, abandonadas
Pela árvore mãe
Pelos irmãos galhos.
Folhas mortas
Sem raízes
Entregues ao vento
Não há mais sonhos
Nem mesmo pensamentos.
Folhas mortas
Somente a terra úmida do tumulo fresco
Como cobertor Dantesco
Como cobertor Dantesco
De todos os sonhos uma vez vivido
Os quais elas sentem findo.
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