O som do carnaval de Olinda atravessa minha janela
La fora pierrôs, colombinas, bailarinas azuis, vermelhas e amarelas,
Pulam, gritam, cantam, dançam e se embebedam.
Acham-se, perdem - se, maculam-se, obsedam-se.
O homem da meia noite saiu ontem
Saudando os deuses, os mortos e os mortais.
Com seus trajes já não tão infernais.
No sobe e desce das ladeiras
Encontram-se as doidivanas, as lavadeiras, as patricinhas e
as fofoqueiras.
Todas iguais naquela onda de bobagens e asneiras.
Buscando a felicidade mundana, tão fugaz, tão passageira.
Mas, o riso alegre dos foliões.
Os fogos que explodem em artificios
Chamam as almas sofridas a esquecerem de todos os sacrifícios.
O chão treme com as batidas dos pés
Com os passos do frevo
Com o batuque do tambor
Com o calor do sexo amor.
Apenas alguns dias dessa alegria insana a que cedo finda
Então, todas, todas as fantasias serão guardadas...
E as lembranças como pó de sonhos apagadas.
Mallika Fittipaldi. Autoria.
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