Assim como uma borboleta pousa em frágil flor
Minha alma pousa na carne que vem a se decompor.
Trago tanta beleza e amor
Para enfrentar feiura e dor.
Infelizmente termino por olvidar minha parte etérea
Dedicando-me as delicias da carne na Terra.
Não me sutilizo me faço granito.
Esqueço o que tanto lutei para edificar.
Emaranho-me neste fútil lutar
Pelo pão e sangue azul
Pelas verdes notas não musicais.
Pelo prazer que passar rápido como brisa.
Enquanto eu a borboleta pouco aprendo
E escasso brilho a mim acrescento.
Até que minhas asas de olhos ensandecidos
Fecham-se e recomeça um novo ciclo.
No mesmo ou em outro lugar
Para a pequena alma borboleta luz se tornar.
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