
Desejo falar de coisas alegres.
De felicidade e poesia.
Mas, da minha alma, corroída e enegrecida
Só brotam tristeza e melancolia.
Não, porque não tenha amado.
Ou ame.
Que não tenha tido momentos felizes
Que não sorria com meus amigos.
Que não possa realizar sonhos.
É como uma marca profunda
Que não permite a expansão
Do ser feliz.
Mesmo tendo tudo para ser.
Então, falo das dores da alma.
Das minhas dores
Das dores que conheço nos outros
Das dores que não conheço
E rimo a rima
Como a harmonia da esgrima
Que corta, retalha e destina.
A carne a dor
A alma ao Senhor.
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