Não me temas.
Não sou tão má assim.
Trago algumas dores.
Mas, é necessário para ti.
Não, não, não me temas.
Chego quase sem perceberes.
Infiltro-me aos poucos.
Para não te amedrontares.
Coloco-me inicialmente num local que não vês constantemente; teu rosto.
Depois me espalho pelo corpo aos poucos.
Sugo teus fluidos, a maciez da tua pela a tua elasticidade.
A lisura.
Instalo-me nos teus ossos.
E te faço caminhar devagar.
Mas, é só pra não te machucares.
Já correstes tanto na vida.
Convivo contigo anos e anos.
Visito cada órgão e vejo o mais fragilizado.
E lá assento moradia.
Para que a cada dia ele enfraqueça.
Se ainda não sabes que sou te direi:
Sou a velhice.
Que consome lentamente o teu corpo.
Para que tua alma descontente se alegre na hora do retorno a pátria espiritual.
Um comentário:
parabensws pelo seu trabalhoo
Postar um comentário