segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Anjos dos ventos.


Anjos dos ventos.

Que fazem enviados do Senhor?

Que fúria selvagem os compele?

Não vêm que destroem a natureza?

Que extirpam a vida alheia?

Por que tanta força?

Por que se unem e formam o furacão?

Não se apiedam, de nós, os menores dos teus irmãos?

Como rodopiam tão ligeiro?

E criam o passageiro tufão.

Que leva a destruição?

Mudem a canção.

Dos homens não devastem as construções.

Não nos leve ao olho do furacão.

Mas, o vento continua.

Levando casas, homens, animais.

E além deles muito mais.

As sombras astrais.

Os pensamentos imorais.

As dores dos fantasmas.

As criações desarvoradas.

Da massa humana escravizada.

Aos seus instintos bestiais.

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